Comigo não acontece
- Luis Bap
- 18 de mai. de 2024
- 1 min de leitura
Quando envelhecemos, pequenas dificuldades começam a aparecer, inclusive para atividades simples do dia a dia. Fazer compras, ler, limpar a casa, cozinhar, cuidar de animais domésticos. É a vista que não está mais boa, é a coluna que dói, é aquela pequena tremedeira, um cansaço maior. Sem falar na parte psicológica, no mínimo quando se olha no espelho.
É natural a negação, o convencimentoJ que são dificuldades passageiras, que o futuro será mais fácil. É só fazer mais exercício, uma dieta mais balanceada e pronto!
Mas se vivemos sós, ou apenas com o(a) companheiro(a), começamos a perceber que a casa ficou grande, que a manutenção está ficando mais difícil e cara, que as coisas "somem", pelos inevitáveis e sempre negados lapsos de memória. Mas minha casa é tão confortável!
Na parte social, a família e os amigos começam também a ficar longe, pelo natural afastamento de cada um viver sua vida, da existência de outras redes de relacionamento. Pegar o carro ou o transporte coletivo para visitar a família e os amigos também começa a ficar mais difícil, E a vizinhança, tão familiar, começa a sumir. Estas estatísticas são uma desgraça!
Pois é, chegou a hora de começar a compreender isto, a pensar no futuro, onde e como morar, a desapegar, a repensar como não ficar em isolamento. O que naturalmente pode trazer sentimentos de vergonha, embaraço, medo, confusão, raiva. Mas lembre-se, você não está sozinho(a) nesta nova jornada, somos contados aos milhões. E somos sortudos. Não fomos surpreendidos por nenhum problema grave de doença, nem recebemos uma notícia ruim num médico.
Portanto, aproveitar o tempo e disposição e começar a pensar: o que fazer?
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